às minhas avós Teresa, Belica, e Landinha.
Minhas velhinhas bordavam:
Ponto cruz e Santo guia
As meninas fuxicavam,
O menino só corria...
Os rostos iam e passavam
E o relógio só dizia:
Os que um dia vem, um dia vão...
(Blim Blom!)
E o menino só crescia.
A Trindade em oração.
E o menino só corria...
Rezar por Ti Sebastião
E pra Deus em romaria.
segunda-feira, 30 de junho de 2008
sexta-feira, 27 de junho de 2008
A solidão
Tem horas, na rua...
Tem horas que dá medo lá fora.
Me dá medo o mendigo da rua
A criança na esquina, cheirando cola
A menina fria, beijando a lua.
Tem horas em que são mais quentes as melancolias E tem vez que não suplico mais...
Tem horas em que a rua te troca as melodias
por comida fria e pratos desiguais.
E os gratos urubús, em agradecimento:
Me dá medo o mendigo da rua
A criança na esquina, cheirando cola
A menina fria, beijando a lua.
Tem horas em que são mais quentes as melancolias E tem vez que não suplico mais...
Tem horas em que a rua te troca as melodias
por comida fria e pratos desiguais.
E os gratos urubús, em agradecimento:
- Óh, bendita lua,
Mal dita esquina,
... o cheiro de cola
... a fria menina!
Mal dita esquina,
... o cheiro de cola
... a fria menina!
terça-feira, 24 de junho de 2008
Da felicidade e do passarinho
Se a felicidade tocar teu caminho,
Pousa, canta, voa pela janela
A alegria parece passarinho
Procurando um alguém para ela
Se a felicidade tocar teu caminho,
Bebeis do riso e dos soluços
Na rua aconchegue teu ninho
Já que mesmo lhe chamarão de pinguço...
Chore, de alegria pois
Se chorassemos pássaros, por amor
Ou pedras por melancolia...
Deus não seria criador, seria poesia.
E a felicidade, um passarinho...
O amanhã
O que dará o futuro
Do que lhe pede os desejos
Se o que sonha o amanhã
É feito de sonhos desfeitos,
Qual gosto leva a boca
A elevar o rosto à face pouca
Das novas manhãs de desfechos,
Que, tal como a luz e a escuridão,
Fogem medrosas, uma da outra,
Mas aos beijos e sem roupa,
Rodeiam sempre o lampião.
Do que lhe pede os desejos
Se o que sonha o amanhã
É feito de sonhos desfeitos,
Qual gosto leva a boca
A elevar o rosto à face pouca
Das novas manhãs de desfechos,
Que, tal como a luz e a escuridão,
Fogem medrosas, uma da outra,
Mas aos beijos e sem roupa,
Rodeiam sempre o lampião.
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