terça-feira, 27 de maio de 2008

ARTIMANHAS DA VIDA

Fiz-me de flores
A minha vida, das pétalas.
E uma a uma
Desprendiam de mim.

Fiz-me de flores
Minha vida se enchia de sentido
Sentia-me tão bem! Senti-me também.
Era como parte existente. Corpo contente!
E as pétalas – uma a uma –
Se desprendiam de mim.

Fiz-me de flores,
Os raios de sol irradiavam a mim
O astro-rei tornava-me clarão,
Majestosa luz à imensidão sem fim.
E as pétalas – uma a uma –
Se desprendiam de mim.

Fiz-me de flores
- Meu perfume, minha luz, e minha vida.
Fadado a murchar – pouco a pouco –
Roubaram-me os insetos, o sol, e a essência
Querida .Como alguém que desmerece a existência,
Não quisto pelo destino que se finda.
E as pétalas – uma a uma –
Se desprendiam de mim.

Fiz-me de flores,
E das flores fiz-me rei.
Alumbrado nos tons de minhas cores
Perdi-me nos campos que subjuguei.

E as pétalas – uma a uma-
Se desprenderam de mim...

Nenhum comentário: